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O Tatuador de Auschwitz


Sinopse: A incrível história, baseada em fatos, de um amor que os cruéis muros de Auschwitz não foram capazes de impedir Nesse romance histórico, um testemunho da coragem daqueles que ousaram enfrentar o sistema da Alemanha nazista, o leitor será conduzido pelos horrores vividos dentro dos campos de concentração nazistas e verá que o amor não pode ser limitado por muros e cercas. Lale Sokolov e Gita Fuhrmannova, dois judeus eslovacos, se conheceram em um dos mais terríveis lugares que a humanidade já viu: o campo de concentração e extermínio de Auschwitz, durante a Segunda Guerra Mundial. No campo, Lale foi incumbido de tatuar os números de série dos prisioneiros que chegavam trazidos pelos nazistas – literalmente marcando na pele das vítimas o que se tornaria um grande símbolo do Holocausto. Ainda que fosse acusado de compactuar com os carcereiros, Lale, no entanto, aproveitava sua posição privilegiada para ajudar outros prisioneiros, trocando joias e dinheiro por comida para mantê-los vivos e designando funções administrativas para poupar seus companheiros do trabalho braçal do campo. Nesse ambiente, feito para destruir tudo o que tocasse, Lale e Gita viveram um amor proibido, permitindo-se viver mesmo sabendo que a morte era iminente.

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Narrado em terceira pessoa, Heather Morris conta a história de Lale e Gita. A autora encontrou Lale toda semana por três anos para ouvir sua história e registrar, inicialmente, em forma de roteiro, mas acabou trocando seu formato para romance. Quando vi o livro da Saraiva e vi do que se tratava, já sabia que mais cedo ou mais tarde iria comprá-lo.

Apesar de ser um romance, parece muito uma biografia! A escrita é direta e objetiva, o que combina muito com seu conteúdo, possui todas as informações que você precisa para se contextualizar com relação ao período do holocausto. Já havia lido O menino de Pijama Listrado, assistido a O Diário de Anne Frank e estudado sobre a Segunda Grande Guerra, mas não há nada que seja capaz de te preparar para ouvir a história de alguém que viveu três anos, perdeu a família e foi torturado dentro de um campo de concentração – Auschwitz-Birkenau –, muito menos se for o mesmo lugar onde se encontra o amor da sua vida.

Em pleno domingo pré-carnaval, cá estava eu às três da manhã de uma segunda feira chorando devido aos tantos relatos pesados, precisos e vívidos de um sobrevivente do mais famoso campo de extermínio a judeus. Sempre gostei de ler livros que se relacionassem com períodos políticos tensos, contudo, quando comprei meu exemplar achei que a obra estaria muito mais focada no romance do casal, que é a imagem criada pela sinopse. O fato de não ser foi uma surpresa muito bem vinda. Li em três dias. Foi extraordinário ter a visão de alguém que viveu num lugar assim, uma existência tão distante da nossa bolha social, e até mesmo da nossa realidade. É completamente diferente de ouvir falar sobre ou estudar as questões meramente políticas – que também são importantes, claro, mas o livro te faz enxergar de fato o que foi tudo aquilo de uma maneira muito brutal. Não me senti a mesma após terminar a leitura e me fiquei com vontade de ler outros livros que mostrassem realidades – atuais ou passadas – nuas.

Outro fator que me tocou muito é que o enredo nos permite ver de perto a mudança das pessoas após todo aquele caos. Pude ver quem Ludwig Eisenberg e Gisela Fuhrmannova foram, e espero poder saber também de muitos outros. Definitivamente, é um livro que o mundo precisa ler!

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